XIII SBCG UFJF
Lançamento de livros
A climatologia geográfica no Rio de Janeiro: reflexões, metodologias e técnicas para uma agenda de pesquisa
Autor: Antonio Carlos Oscar Júnior e Núbia Beray Armound
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Climatologia
A Climatologia, sobretudo aquela produzida por geógrafos, no estado do Rio de Janeiro, possui infinitas possibilidades de desenvolvimento, especialmente se considerarmos a pluralidade de questões contemporâneas e os avanços técnicos e metodológicos que possibilitam a construção de uma nova agenda de pesquisa.
A rica história dos conhecimentos climáticos desenvolvidos no estado reflete a pujança científica dessa área que, infelizmente, nas últimas décadas, tem enfrentado obstáculos estruturais, que vão desde a limitada capacidade de formação de recursos humanos até a reduzida quantidade de estudos sobre o clima do Rio de Janeiro, bem como sua pouca variedade temática, teórica, conceitual e metodológica.
A obra busca organizar e consolidar o atual conhecimento dessa área do conhecimento para o estado do Rio de Janeiro, almeja, primeiramente, divulgar os estudos e projetos de pesquisa realizados por alguns pesquisadores, principalmente do estado, fomentando a articulação e a aproximação entre os pares, além de oferecer ao leitor um panorama do estado da arte da Climatologia Geográfica no território fluminense, incluindo seu ensino. Nesse sentido, a primeira parte do livro traz resultados de pesquisa, eminentemente, envolvendo a climatologia do Rio de Janeiro. Já na segunda parte do livro, com viés de compartilhamento metodológico, apresentam-se aquelas metodologias mais utilizadas, oferecendo aos pesquisadores, alunos e interessados na área uma fonte de possibilidades para o desenvolvimento de seu próprio programa de pesquisa.
Microclima de cavernas: estudo microclimático das cavernas do Parque Estadual Intervales, SP
Autor: Bárbara Nazaré Rocha e Emerson Galvani
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Climatologia
Este livro apresenta um estudo microclimático de 9 cavidades do PE Intervales. Foram realizados monitoramentos da temperatura e umidade relativa do ar e do gás carbônico atmosférico, permitindo a compreensão do padrão do microclima cavernícola. Este se caracteriza por temperaturas estáveis, umidade elevada e maior concentração de CO2 em comparação ao meio externo. Os resultados também colaboraram para avaliação dos impactos atmosférico em cavernas decorrentes da visitação turística e nortearam os Planos de Manejo da região. O livro “Microclima de cavernas” é resultado de dissertação de mestrado defendida no programa de pós graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo.
Orientações climáticas e planejamento urbano: a experiência de Aracaju
Autor: Max Anjos
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Climatolgia
Este livro lança um plano de ação com orientações climáticas para o planejamento urbano numa cidade tropical. Através da experiência de Aracaju, revela-se a importância do clima urbano em tempo de mudanças climáticas globais e locais. Para tanto, apresenta um quadro teórico e prático de temas relacionados com os padrões térmicos locais, ilha de calor urbana, influência climática dos espaços verdes, ventilação urbana, conforto térmico humano e poluição do ar originária do tráfego de veículos. Ilustra como esse conhecimento climático pode ser analisado, interpretado e aplicado: (1) ao enfrentamento das indesejáveis consequências do desenvolvimento urbano;(2) à promoção de comunidades e cidades mais resilientes, habitáveis, atrativas e sustentáveis. Este livro é indicado para estudantes e pesquisadores do campo da Climatologia Geográfica e áreas afins bem como para profissionais interessados no design e projetos urbanos
Jogos geográficos na sala de aula
Autor: Thiara Vichiato Breda
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Geografia/Ensino
Este livro foi escrito com o objetivo de apresentar uma proposta de Jogos Geográficos para professores da Educação Básica, licenciandos e interessados na temática. Dentro dele você encontrará sequências didáticas que foram pensadas e desenvolvidas alinhadas ao currículo escolar de Geografia, abordando diversos temas como o ensino de noções e conceitos necessários para o pensamento espacial e para a compreensão de mapas. A proposta de jogos foi pensada para ser aplicada para alunos do ensino fundamental, mas pode também ser adaptada para outros espaços de aprendizagem, como centros de educação ambiental, estudos do meio, ou ainda, como hobby para os apaixonados por mapas. A partir das descrições detalhadas da criação de cada jogo você poderá adaptá-lo com alternativas personalizadas, abordando por exemplo, fenômenos climatológicos.
Análise Climática de Chuvas na cidade de São Paulo (1970-2009): Análise científica dos conceitos físicos aplicados à evolução das tipologias de chuvas na cidade de São Paulo, Brasil
Autor: Daniel Mendes e Maria E S Silva
Ano de publicação: 2017
Area de conhecimento: climatologia Urbana
A complexidade de compreensão durante a observação realizada a partir da identificação de um possível quadro de evolução em um sistema climático marcado por uma série temporal longa de uma determinada variável ambiental deve-se ao fato do ambiente sofrer múltiplas interações físico-químicas que naturalmente ocorrem nas escalas global, regional e local. Na intenção de compreender alguns elementos dessa dinâmica foram analisadas algumas hipóteses que podem nos aproximar de possíveis explicações a respeito do contexto que emerge a partir da realidade observada. Neste contexto foi analisada a hipótese de que o ambiente fisicamente alterado pelo homem possa estar influenciado no número de episódios de chuvas nas suas diversas intensidades durante o intervalo de uma hora. A segunda hipótese analisou a possibilidade das alterações em grandes escalas envolvendo às flutuações de temperatura observadas na superfície do mar (TSM) de uma região específica (Niño3.4) localizada no pacífico equatorial possam estar influenciando e/ou intensificando os episódios de chuva em escala local. No entanto, a partir dessas possibilidades o objetivo foi a de analisar através do uso de métodos estatísticos, a partir da aplicação de ajustes e correlações lineares, a identificação de tendências positivas ou negativas, no quadro de cada tipo de chuva e, posteriormente, no quadro das variações de TSM, da região Niño3.4. O segundo procedimento adotado avaliou de uma maneira qualitativa a possibilidade de haver correlações positivas entre os dois ajustes lineares analisados. Os resultados indicaram que a variabilidade climática anual da região Niño3.4 durante a série completa (1970-2009) apresentou um quadro de aquecimento (ajuste positivo). Por outro lado, também foi observado o aquecimento da TSM durante séries específicas da série completa identificadas como fase Neutra, ENOS e La Niña. No entanto, a série especifica relativa à fase El Niño apresentou um comportamento inverso, no caso, um resfriamento na TSM durante o período analisado. Neste caso, foi constatado que o aquecimento anual da TSM da região Niño3.4 ocorre em função do aquecimento observado durante as anomalias negativas (La Niña). O quadro dos ajustes lineares de cada tipo de chuva revelou uma diminuição horária na frequência de chuvas muito fracas (nevoeiros e neblinas), de chuvas fracas (chuviscos e garoas) e de chuvas moderadas (tempestades leves oriundas de nimbostratus). Por outro lado, os quadros de ajustes lineares para chuvas mais intensas foram positivos, como no caso, de chuvas fortes (tempestades ordinárias) e muito fortes (tempestades severas).
GEOGRAFIA COSTEIRA DO NORDESTE: bases naturais e tipos de uso
Autor: Marco Túlio Mendonça Diniz - Fábio Perdigão Vasconcelos - George Pereira de Oliveira - Diogo Bernardino Santos de Medeiros
Ano de publicação: 2016
Area de conhecimento: Geografia Física
A obra Geografia Costeira do Nordeste: bases naturais e tipos de usos procura reunir alguns textos de natureza didática que se prestam a explicar as principais características naturais do litoral nordestino e as diferentes atividades econômicas que se desenvolveram em adaptação à estas. As reflexões aqui apresentadas são frutos de anos de pesquisas dos autores.
A zona costeira do Nordeste não é tratada neste livro como uma só, mas sim como dois “litorais” bastante diversos e distintos, um em relação ao outro. Enquanto na faixa setentrional tem-se um litoral predominantemente semiárido e bastante propício para a atividade salineira, na oriental o que prevalece é uma costa principalmente úmida e que propiciou o desenvolvimento da primeira grande atividade econômica do Brasil, a cultura canavieira.
Os “litorais” nordestinos, por sua vez, são marcados por diversidades internas, podendo ser subdivididos quanto a particularidades mais localizadas. Isso equivale tanto para as características do meio físico quanto para o modo como se deu os processos de ocupação e desenvolvimento econômico, pois estas primeiras influenciaram de maneira significativa este último e, por sua vez, também receberam influências ao longo do processo de construção socioespacial.
Os autores esperam que as informações aqui obtidas possam suscitar mais dúvidas, subsidiar novas pesquisas e ser alvo de críticas úteis para o progresso do conhecimento geográfico.
Climatologia Aplicada II
Autor: Emerson Galvani; João Paulo Assis Gobo e Nádia Gilma Beserra de Lima
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Climatologia
O livro "Climatologia Aplicada II" é a continuação de um projeto iniciado com a publicação do livro “Climatologia Aplicada: Resgate aos estudos de caso” onde se faz, novamente, um resgate dos resultados de pesquisas realizadas junto ao Laboratório de Climatologia e Biogeografia (LCB) do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Estas pesquisas não são inéditas, pois já foram publicadas e apresentadas em eventos científicos no Brasil e, algumas, no exterior. No entanto, a proposta é compilar em uma única publicação, os resultados de dissertações, teses e trabalhos em conjunto que foram desenvolvidos durante os últimos nove anos (2010 - 2018) neste departamento. Os capítulos foram elaborados sempre com a demonstração de resultados de experimentação e vivência do(s) autor (es) junto ao seu objeto de estudo, valorizando o trabalho de campo e a produção de dados primários nas pesquisas climatológicas. Os artigos envolvem diferentes objetos de estudo, distribuídos nos mais distintos ambientes do Brasil.
Zoogeografia do Brasil: a fauna, a paisagem e as organizações espaciais
Autor: Roberto Marques Neto
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Biogeografia
Não obstante a importância histórica e o papel basilar da Biogeografia para a ciência geográfica, entre as disciplinas concernentes à Geografia Física a Biogeografia é a que tem conhecido menor difusão entre os geógrafos brasileiros, a despeito de suas raízes históricas que remontam a sistematização da Geografia moderna na Alemanha a partir de Alexander Von Humboldt e sua Geografia das Plantas. Enquanto perspectivas evolucionárias e ecológicas avançam nas ciências biológicas, na Geografia os saberes biogeográficos encontram-se difusos e pulverizados em trabalhos focados em temas ambientais diversos. Muitos desses trabalhos, embora possam tangenciar o escopo da Biogeografia, muito pouco tem contribuído para desvelar o significado biogeográfico de áreas e entender o papel da biota no contexto das organizações espaciais.
Pelos olhares peculiares da Geografia, a fauna é interpretada a partir de um enfoque espacial, projetada nos complexos sistemas de interações vigentes nas paisagens terrestres em estreitas relações com as transformações forjadas pelas sociedades humanas ao longo da história. Indubitavelmente, a fauna se inscreve nos fluxos de matéria, energia e informação, partilhando de um sistema de interações no qual assume papeis específicos que influenciam na gênese de formas e nos processos, e que admitem interpretação com bases escalares e representações cartográficas, pautadas em diversas categorias espaciais inerentes à Geografia: paisagem, região, município, bacia hidrográfica, geossistema, domínio, ecorregião, etc.
No âmbito da cultura biogeográfica brasileira, é notório que o interesse dos geógrafos tem se voltado muito mais contundentemente para o estudo da vegetação, sendo o enfoque zoogeográfico cada vez mais esvaziado. Este livro intenciona preencher esta lacuna no contexto da Biogeografia, que pouco tem se voltado para o estudo espacial da fauna. Parte da premissa de que os animais partilham veementemente dos complexos sistemas de interações vigentes na paisagem, nos seus arranjos estruturais e dinâmicos, admitindo um enfoque espacial com aporte na cartografia e referenciado por grandezas escalares de manifestação.
A Geografia Física: teoria e prática no Ensino de Geografia
Autor: Cristiane Cardoso e Michele Souza da Silva (organizadoras)
Ano de publicação: 2018
Area de conhecimento: Geografia Fisica
O livro A Geografia Física: teoria e prática no ensino de Geografia surge de um trabalho realizado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, mais especificamente a partir de um curso de extensão desenvolvido com os professores da rede municipal de Nova Iguaçu e Estadual do Rio de Janeiro, ocasião em que percebemos que existia uma grande carência de material didático adaptado para professores relacionado ao ensino de Geografia Física.
Percebe-se que essa é uma dificuldade do professor. A Geografia Física muitas vezes foi esquecida na sala de aula, e as razões são inúmeras (sinônimo de uma Geografia tradicional, falha na formação docente, conteúdo bastante abstrato, entre outros). Mas hoje percebemos um retorno de seu ensino, inicialmente com a necessidade de se discutir a questão ambiental e posteriormente com uma perspectiva de integração e conhecimento real e profundo da realidade na qual os alunos estão inseridos. Busca-se cada vez mais uma visão integrada do espaço.
Além disso, os participantes desse curso salientavam que a não aplicação de conteúdos relacionados à Geografia Física estava associado à inexistência de materiais que contribuam no desenvolvimento das práticas cotidianas escolares e que auxiliem a (re)pensá-las, servindo como subsídio para o processo ensino/aprendizado e relacionados aos conteúdos oficiais dos programas pedagógicos curriculares.
Diante desse contexto este livro foi idealizado. Não que ele vá se tornar um manual para a sala de aula, sendo uma fórmula pronta a ser desenvolvida pelos professores. A intenção é que ele possa contribuir para novas reflexões e caminhos possíveis em busca de aulas mais dinâmicas e significativas para seus alunos.
Buscamos autores diversificados e que vêm trabalhando com essa ligação entre a Geografia Física e o ensino, entre a teoria da Geografia Física e possíveis ligações com a práxis escolar.