Conferências: A programação do XI SBCG – V SIMPEC – CoC-UGI conta com três conferencias magnas que serão proferidas por iminentes estudiosos do clima nas dimensões brasileira e internacional. A perspectiva para esta atividade é de que os conteúdos das conferencias possam colocar em evidencia abordagens recentes e hodiernas acerca da variabilidade e mudanças climáticas globais, colocando em destaque os avanços mais contemporâneos sobre o tema, bem como suscitar questionamentos para a reflexão acerca da temática geral do evento.
Conferências I, II e III:
Dr Michel Boko – IPCC/GIEC e Univ Aboumey/Calavi (Benin)
Dr Gerald Mills – IAUC – International Association of Urban Climate / President (Irlanda)
Dr Francisco Mendonça – Univ Fed Paraná / UGI-CoC Member (Brasil)
Fórum Climatologia e ensino: Uma mesa-redonda voltada ao Ensino da Climatologia no Brasil, realizada no X Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica em Manaus (2012), colocou em evidencia uma série de questionamentos acerca dos conteúdos da climatologia no ensino fundamental e médio do Brasil. A considerável diversidade de temas tratados acerca da climatologia, a diferenciação das formas de abordá-los, os problemas da formação dos professores, a imprecisão ou incorreção de conteúdos, etc. suscitaram a necessidade da realização de um estudo mais aprofundado acerca do ensino da climatologia na fase pré-universitária no país. Para desenvolver tal analise foi criado, naquela oportunidade, um grupo coordenado pela Profa Dra Ercilia Steinke (UNB), com o objetivo de realizar um levantamento acerca destes questionamentos no país. Tal empreitada foi levada a cabo e seus resultados serão apresentados no âmbito de uma atividade especial – Fórum - durante a realização do credenciamento no evento em Curitiba. Além da apresentação dos resultados os participantes serão bem recebidos ao trazerem suas contribuições para o tema durante a realização do Fórum.
Coordenação:
Profa Dra Ercilia Steinke – UNB (Brasil)
Prof Dr Edson Fialho – UFV (Brasil)
MESAS-REDONDAS
Sete mesas-redondas serão realizadas durante o evento, seis das quais diretamente relacionadas aos eixos e que colocarão em evidencia aspectos teóricos, metodológicos, técnicos e de aplicação de estudos relativos ao clima e variabilidades e mudanças climáticas. Para a composição das mesas a coordenação do evento e a direção da ABClima está convidando colegas do cenário internacional e brasileiro, principalmente ligados ao mundo científico-acadêmico, que tenham comprovado envolvimento com os temas através de publicações nas temáticas das mesas-redondas.
Uma sétima mesa-redonda / painel está sendo organizada voltada diretamente à dimensão política das mudanças climáticas globais e suas repercussões socioambientais, posto que a temática tem colocado consideráveis questionamentos às organizações sociais em todas as escalas. Para tratar da temática na dimensão política esta MR será composta por representantes políticos ligados ao encaminhamento das mudanças climáticas no cenário político brasileiro, estadual e das entidades acadêmico-cientificas atinentes ao tema. As mesas-redondas são:
MR-I: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CIDADES
A intensa urbanização-industrializacão do planeta registrada no século XX e inicio do atual evidenciou importantes alterações no balanço de energia das áreas ocupadas pelas cidades. O clima urbano, um processo derivado da interação entre a sociedade e a natureza nas cidades, tem desafiado cada vez mais os estudiosos à compreensão do jogo complexo de influencias da atmosfera (clima) sobre a cidade e desta sobre aquela. Os campos termohigrométrico, dispersão e hidrometeórico do clima urbano, e os graves problemas a eles associados (ilhas de calor, poluição, inundações, etc.), apresentam instigantes questões quando se correlaciona o clima das cidades e as mudanças climáticas globais, especialmente quando se analisa as cidades dos países não desenvolvidos. Qual o estado do conhecimento do clima urbano na atualidade? Que desafios as variabilidades e mudanças climáticas globais apresentam à climatologia? Estas questões, dentre inúmeras outras, estão na base dos debates a serem travados durante a realização desta MR.
Dra Monica Cristina Garcia – Universidad La Plata (Argentina)
Dr Ricardo Ojima – REDECLIMA / UFRN (Brasil)
Dr João Lima Santana Neto – ANPEGE e UNESP (Brasil)
Coord.: Dr Carlos P. Sait - UFPI (Brasil)
MR-II: AGROCLIMATOLOGIA: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS
As atividades agrícolas e rurais compõem um dos mais importantes setores da economia mundial. Todavia, para sua produção as paisagens são fortemente alteradas, aspecto que traz implicações diretas na camada de ar que se forma junto à superfície. Os excessos térmicos, higrométricos, pluviométricos e anemométricos, dentre outros, se repercutem diretamente na produtividade agrícola e na estruturação dos agro-ecossistemas; da mesma maneira a expansão e intensificação das atividades agrícolas e rurais influenciam fortemente na configuração dos climas. Aprofundar o conhecimento acerca das interações entre estas e a atmosfera, derivando na configuração dos climas, é um dos pressupostos desta MR. Em se tratando do contexto das mudanças climáticas globais estima-se que as exposições e os debates colocarão em evidencia as especulações acerca da expansão e/ou retração das áreas agrícolas, a substituição de cultivares, as práticas agrícolas e florestais e seus riscos, especialmente nos países não desenvolvidos.
Dra Latifa Henia - Association International de Climatologie - Presidente (Tunisia)
Dr Gilberto R. Cunha – EMBRAPA / RS (Brasil)
Dr Paulo Caramori – IAPAR (Brasil)
Coord.: Dra Gislaine Luis – UFG (Brasil)
MR-III: CLIMA E SAÚDE
Muitas doenças que acometem os seres humanos são diretamente condicionadas pelo clima; muitas outras o são de forma indireta. A temperatura do ar, a chuva, a umidade, os ventos, a radiação solar, etc. foram alvo, por longo período, de pesquisas detalhadas acerca de suas influencias sobre os estados de saúde e doença de populações. As doenças transmissíveis, sobretudo, evidenciam a influencia direta do clima nas suas manifestações mas, mesmo outras, como as psíquicas, hipertensão, acidentes cardiovasculares e cerebrais, não transmissíveis, revelam importante influencia climática na sua incidência. A relação entre o clima e saúde das populações retomou importância e interesse nas últimas décadas, tanto decorrente das perspectivas de analise multicausal das enfermidades quanto da possibilidade de agravamento dos problemas de saúde no contexto do aquecimento climático que se avizinha. Todavia, questiona-se: As mudanças climáticas trarão somente o agravamento das condições atuais de saúde da população? Se sim, isto se daria de forma homogênea em todo o planeta? Não haveria também melhorias no quadro de determinados agravos atuais, com alguns desaparecendo e outros surgindo? Que expectativas a ciência atual, envolvendo o clima, a geografia da saúde, a epidemiologia e a medicina, alimentam para o futuro da sociedade humana?
Dra Juli Trtany - NOAA (USA)
Dra Ana Monteiro – UGI-CoC Member e Univ Porto (Portugal)
Dr Rildo Costa – UFU (Brasil)
Coord.: Dra Natacha C. R. Aleixo – UEA (Brasil)
MR-IV: O ESTUDO DO CLIMA: MODELIZAÇÃO E TECNOLOGIAS
As mudanças climáticas globais, e particularmente a intensificação dos impactos dos eventos meteorológicos extremos sobre a sociedade, colocaram em evidencia a necessidade do aprofundamento do conhecimento da dinâmica atmosférica e dos climas. Todo um conjunto de novos equipamentos tem sido colocado a serviço do levantamento de dados dos diferentes tipos de tempo e do monitoramento meteorológico e climático nas mais diferentes localidades do planeta. O aperfeiçoamento dos satélites meteorológicos e, portanto, do acompanhamento permanente dos estados atmosféricos diferenciados tem suscitado o melhoramento do tratamento dos dados e, de maneira específica, da modelização climática como forma de trabalhar as perspectivas futuras e pretéritas do clima. O estudo do clima apresenta, portanto, consideráveis desafios aos pesquisadores, professores e estudantes, particularmente quando se consolida a perspectiva da prevenção como uma necessidade da ação humana em face das condições ambientais futuras no planeta.
Dr Vincent Dubreuil – AIC-Assoc Internat Climatologie e UHB/Rennes II (France)
Dra Cassia de Castro Martins Ferreira – UFJF (Brasil)
Dr Francis Wagner Silva Correa – UEA/INPA (Brasil)
Coord.: Dr Wilson Flávio Feltrim Roseghini – UFPR (Brasil)
MR-V: DESASTRES CLIMÁTICOS: RISCOS, VULNERABILIDADES E RESILIÊNCIA
Riscos, vulnerabilidades e resiliência associados aos eventos climáticos extremos – desastres climáticos – formam um dos tripés de maior relevância na analise ambiental contemporânea. Os avanços registrados na definição das situações e localidades de risco aos desastres compõem parte fundamental da agenda da gestão territorial do momento presente em muitos países. Entrementes, a diferenciação da susceptibilidade humana aos riscos de desastres coloca em evidencia a heterogênea vulnerabilidade dos grupos sociais, o que demanda uma analise pormenorizada das condições sociais nas localidades de manifestação dos desastres naturais-climáticos. A resiliência, todavia, constitui um campo de consideráveis questionamentos no presente pois, embora seja uma perspectiva cada vez mais evocada nos discursos associados aos desastres naturais, ainda encontra-se envolta em muitos questionamentos teóricos, metodológicos e técnicos. Esta MR deverá colocar em evidencia os avanços, lacunas e desafios que envolvem este tripé, sobretudo porque os discursos mais gerais tem acentuado a argumentação de que os riscos climáticos tornar-se-ão muito mais intensos em futuro próximo.
Dra Simona Frattiani – Assoc Int Climatologie e Univ Turim (Italia)
Dr Hugo Romero – Univ Santiago (Chile)
Dra Cleuza A. G. P. Zamparoni - UFMT (Brasil)
Coord.: Dr André Geraldo Berezuk – UFGD (Brasil)
MR-VI: CLIMATOLOGIA TROPICAL
A atmosfera do Mundo Tropical, por uma série de características que lhe são particulares – especialmente pela maior concentração de energia calorífica e luminosa, constitui um campo de especial interesse à ciência contemporânea. A expressiva variação dos tipos de tempo atmosférico e, por conseguinte, dos subtipos climáticos desta área, revela tanto mudanças rápidas e bruscas dos estados atmosféricos quanto a ocorrência quase habitual de eventos climáticos extremos. Considerando que os estudos da atmosfera e dos climas tropicais são relativamente recentes, a pesquisa sobre sua configuração e dinâmica constitui um capítulo de forte interesse da climatologia praticada nas academias e instituições de pesquisa desta zona do globo terrestre. Todavia, ainda que carente de estudos aprofundados, a climatologia tropical registra um conjunto de conhecimentos de alta importância, aspecto que esta MR deverá colocar em evidencia com sua realização. As interações da atmosfera e dos climas tropicais com as mudanças climáticas globais, os cenários futuros (e pretéritos) previstos e modelizados também estão dentre aqueles subtemas que despertarão os participantes para os debates nesta MR.
Dra Maria Teresa Reyna Trujillo – UNAM (México)
Dr Joao Afonso Zavatini – UNESP (Brasil)
Dr Ranyère Nóbrega – UFPE (Brasil)
Coord.: Dra Maíra Suertegaray – Col Aplicaçãao-RS (Brasil)
MR-Painel Especial: O CLIMA NA ESFERA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA
O interesse pelo conhecimento, monitoramento e previsão climática saltou do âmbito quase restrito da ciência-academia para a sociedade aberta e para a esfera política nas três ultimas décadas. Este deslocamento e/ou ampliação da importância do clima para a sociedade revela uma considerável multiplicidade de interesses, especialmente aqueles relativos aos impactos dos fenômenos climáticos sobre a produção econômica mundial, fato que parece ter se intensificado sobremaneira a partir de meados do século XX. Neste mesmo contexto e tendo em vista os questionamentos sobre possíveis desdobramentos futuros das mudanças climáticas sobre a sociedade é que foram acentuadas as perspectivas da abordagem climática no campo da modelização e construção de cenários. Mesmo se algumas poucas vozes colocam em questão a perspectiva hegemônica das mudanças climáticas chancelada pelo IPCC (e o perigo do pensamento único!), uma gama considerável de países tem adotado políticas tanto de mitigação quanto de adaptação a elas. Assiste-se nos dias atuais à rápida criação de uma cultura que acentua, cada vez mais, a crença no aquecimento climático global e nas mudanças a ele associadas, com cenários eivados de catástrofes de toda ordem. Mas, será que o ambiente climático do planeta está realmente indo nesta direção? Qual o estado do conhecimento atual sobre mudanças climáticas globais e suas repercussões regionais e locais? Quais as perspectivas da interação sociedade – natureza no futuro do planeta? Que cenários, e com que confiabilidade neles, se pode projetar o futuro do planeta Terra? Como tem se dado o tratamento das mudanças climáticas na esfera política internacional, nacional e estadual? Estas e inúmeras outras questões animarão os debates desta mesa-redonda-painel especial que será realizada durante o XI SBCG – V SIMPEC – CoC UGI.
Dep. Alfredo Sirkis - Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional/Presidente
Dr. Sanderson A. M. Leitão - Ministério da Ciência e Tecnologia – Dir Mudanças Climáticas/Diretor
Sr. Antonio Caetano - Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas/Presidente
Dr. Antonio Divino Moura - SBMET – Sociedade Bras. Meteorologia/Presidente
Dr Charlei A. Silva– ABClima / Presidente
Coord.: Dr Edson Fialho - ABClima / Secretário
Mini-cursos: Cinco minicursos, com duração entre nove e doze horas, serão ofertados aos participantes do evento. Eles serão realizados nas noites dos dias 15, 16 e 17 de outubro, nas dependências do Departamento de Geografia da UFPR. As temáticas escolhidas para os mini-cursos são relacionadas a aspectos teóricos, metodológicos e técnicos do campo da climatologia:
Comunicações científicas: Um dos pontos altos dos eventos científicos são as contribuições científicas dos participantes, nas formas oral e pôster, que trazem detalhes importantes acerca dos estudos em climatologia desenvolvidos em varias instituições e países. As apresentações orais serão realizadas em duas tardes do evento, enquanto os posters terão uma seção especial de apresentação e comentários no ultimo dia do evento. Uma Comissão Científica composta por estudiosos do clima, do Brasil e internacional, fará a avalição dos trabalhos inscritos, sua seleção, bem como a definição da forma de apresentação dos mesmos.
Assembleia deliberativa: Constitui-se na ultima das atividades programadas do evento, ou seja, é a aquela que o encerra. Organizada e coordenada pela direção da ABClima na ssembléia deliberativa é que se presta as homenagens, faz-se a prestação de contas da entidade e o relato das atividades da diretoria, elege-se a próxima diretoria e se delibera sobre a instituição e o local de realização do próximo SBCG. Participam, com direito a voz, da Assembléia deliberativa todos os participantes do evento; todavia, somente podem votar nas deliberações aqueles associados à ABClima e em dia com suas anuidades.
Feira de livros e equipamentos: A comissão organizadora do evento está estabelecendo contatos com representantes de editoras de livros de interesse da climatologia, bem como com empresas de equipamentos utilizados por pesquisadores deste campo do conhecimento. A perspectiva é de que sejam disponibilizadas aos participantes do evento as publicações e equipamentos de seu interesse em stands que serão montados nos espaços de realização do mesmo.
Publicações (Anais, livros, revistas), etc: A produção científica a ser apresentada durante o evento será registrada e disponibilizada aos participantes na forma eletrônica e digital. Os Anais do XI SBCG – V SIMPEC – CoC-UGI conterão as contribuições científicas apresentadas nas formas oral e pôster previamente selecionadas pela Comissão Cientifica; serão registrados em pen-drive e distribuídas aos participantes inscritos. Os textos-base das palestras comporão um numero especial da RBClima – Revista Brasileira de Climatologia (RBCliama-14), e serão distribuídos aos participantes do evento e/ou sócios da ABClima. Alguns livros serão também lançados durante o evento, estando na dependência dos seus autores o anuncio dos mesmos à coordenação.